quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O ÚLTIMO DE NÓS



Pelo frio
Visto pele de pêlos
Veste rústica
O fogo, a faca o cantil de cabaça
No canto de meu leito, o chão
No teto a lua, morcegos a toa
A torto e a direito
O mato baixo é muro
E sobre o braço deste
Corujas-sentinelas. Vêstes?
A mata é o bairro que moro
Juás, pacas, preás, peixe pacu, como.
Escassos!
Bosta de brancos!
Se um eu ver, é sério, o sangro!
Hoje só
Ontem diversos ao meu redor
E não tristeza
Até curumins e cuiatãs, Rãrãresá!
Visto vingança
Miolo morto
Morri
Não minha lança
Esperança de quem descansa!
Almejo descanso alcançar.


(Salathyel Costa)

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