sábado, 11 de dezembro de 2010

Ontológico Identidade do humano no mundo

 Eu quero ser
Eu quero ser o que eu não sou
Eu não quero ser o que sou

Eu quero ser

Um ser divinizado,
Fora do conflito do bem e do mal, onde assim for,

Eu quero ser Deus

Incriado, incausado, atemporal, princípio de princípio, medida de tudo;
Dono de si mesmo, regente e regido em si e por si;

Eu quero ser conhecedor da substância da água, do fogo, dos ventos, do pó e do sopro vital,

Eu quero ter consciência da consciência de ser
Eu quero saber o ser distinguir-se e distinguir-se dos entes mais

Eu quero ser o diabo: Imprevisível, vigilante, auto-observador de si mesmo; temido; aniquilador;

Caminhar nas profundezas das águas, molhar e não se afogar,
Atravessar na chama, dançar com o fogo e não se queimar,
Voar nas tempestades, cair sóbrio, levantar consciente e não se perder de si,

Não podendo ser, eu quero ser

Ser um bom fazedor; ainda que de perguntas, de respostas;
Quem sou? Onde estou? Como estou? Com quem estou?
Ou de si mesmo

Ser o ser que não tem medo de si mesmo.

Não podendo ser além-homem, meta-homem, mais que gente, mais que humano,
Que humano e gente seja, agora e sempre!!!

(Áureo João)

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