sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sinal




Uma mente obscura planeja um desastre, o contra-ataque invade, um grande massacre
A festa na noite solta, limpa, dose, crua, minha alma planeja, translada, flutua
Máquinas aladas cortam o ar transfigurado, a Terra sofre com um progresso disfarçado
Um minuto apenas para meia-vida, meia ruim, meia assim, insistida
Uma mente obscura planeja destruição, o contra-ataque invade, controla, fogos, explosão
A noite da festa, sombra, mórbida, escura, sem doença, sem razão pra cura
Pessoas armadas cortam um cordão modificado, e estas aceitam de jeito, de modo desajeitado
Já passou do tempo que existia a vida, corpos andantes em vão, sem achar saída
Uma mente obscura expõe a solução, o contra-ataque reage, defende sua posição
e a solução se perde nos bueiros da estrada, cartas marcadas, pura cilada
Verdade vedada, violência válvula vulnerável, qualquer toque, qualquer rock, nada estável

Uma noite de núpcias, verdadeiros sentimentos, é tão simples e possível, pensamentos
é tão lindo fazer uma boa canção, poesia é alma, mente e coraçãio
palavras que passam toda situação, emoção equivale a razão
se tudo parece estar dando errado, levante a cabeça e olhe pro lado
tanto sangue por aí, coisa normal: loucura, agora, caos

Uma mente obscura planeja pensar, o contra-ataque reprime sua forma de se expressar
E exibi na lata, um pensar que não é o seu, pensante, perdoa, pague, você perdeu
A noite é uma festa, infesta os sentidos, libera os prazeres, desejos, libido
A língua na carne sua, explosão, sensação, toda nuna
Instante final, segurem a bomba! Ela vai levar tudo aos ares
Pont cruxial, vencemos o jogo, virar dias nos bares
Tudo tão simples quanto não parecia
Vitória, glória que nos sacia

Mas um motivo sempre nos pára a consciência
e nos indica o caminho da essência
dominados voamos para um final
sem fuga, sem rastro, sem sinal

(André Café)

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