sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Somente o triste eu



Janelas da alma,
Sentimento encarcerado
Preso nos percalços
Da solidão num monte de escombros
O vôo armado
Abnegado pela ausência do porque voar
Ninguém passa, ninguém passa
Minha vida passa, passou por mim
Sou livre pra voar, sou livre pra viajar
Estou preso pelas minhas mágoas
As amarras do meu eu me livram do viver
Tanto por sentir, tanto pra amar, apenas o lamento
Do que poderia ter sido
O meu querer é derrotado pelas minhas mãos
Pra onde seguir? subir? Pra onde seguir? subir?
As paredes cerceadas, indicam funebremente
Que o subir sempre me levará ao chão, chão, chão....
Sôfrego em agonia, cegando com a explosão da sombra
Paro, paro, paro, de volta ao esquecimento

(André Café)

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