sábado, 8 de janeiro de 2011

SUPER-SIZE




E era aquele mesmo cenário. Não podia ter uma
batida de lata, uma vinhada se quer, calourada
partida de dominó, quinta cultural...
Era presença garantida. Nos meios de fumaça
e violão, o vinho, mangueira, colonial sempre
dava o sabor da alegria, curtição e arte.
E uma sonoridade toda boa se misturava a esse
caldo, variando de "o céu é massa", "pra ver você nascer" e tudo mais.
Não havia preocupação com nada, o momento
era único e livre para socializar amor
sentir, pensar ...
(...)
e quando acordou só de cueca
com um misto tenebroso e político do som de tom zé
acidentado pela cabeça que rachava diante de si
a imagem do piscinão pelo meio
era um golpe difícil de se lidar
e quando ermo já se dava derrotado pela insurgência
eis que salvo, liberto, curado era
um pão com mortadela, hamburguer e alface
queijo, catchup e tomate
acompanhando o bolo alimentar
um copo de suco de cajá
e o corpo já respondia, a ordem do dia
já é sair, sentir e amar!

(André Café)

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