quarta-feira, 30 de março de 2011

Grito




Por entre letras alinhadas
E dedilhar das teclas,
entorpece a alma inquieta
de quem vê e não se empedra,
de quem ouve e se dilacera
Rebuscadas ou desajeitadas,
a mão se apodera
de poder letrístico
que antes deter quisera,
mas como calar
a mente a fervilhar?
Grita!
Respira...
Solta tua linha
e lança de si
a inquietude
que descompassa tua rima.
Grita!
Não titubeia.
Grita
o que te rebeldia ou alieniza,
o que te silencia e esvazia,
que cá eu não julgo.
Grita!
Transforma a ausência em nostalgia,
a dor e raiva em melodia,
a inquietude em poesia...
Grita.

(Suzianne Santos)

Um comentário:

  1. ótimo poema, o conteúdo é belo e a fluencia é muito boa, principalmente para a internet. li baixando a barra de rolagem. parabéns!

    diogo

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