quarta-feira, 16 de março de 2011

Rotas de fuga




Rotas rôtas em poesias tortas
pelos caminhos da terra perdida
nas controvérsias do humano ser
em reinação do mal-dizer

e a isso só tolhe comportamento
não instante esquecer o trivial
que para muito é assim
um esquecido turvo fim

cega ao ouvir o medo
pregado pelo sistema opressão
surge gravado num enredo
sorve o corpo da compaixão

que não é por si só transruptiva
louca, sedenta e desmedida
força latente que ruge no peito
arma capaz do inverter a vida

me sinto aguerrido e conspirador
de uma realidade flutuante
que dista apenas no rompante
dos muros que imprimem falso torpor

e nas fugas o descontruir
movimenta-se à transformação
coletividade e expressão
na sociedade por vir

(André Café)

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