terça-feira, 24 de maio de 2011

DOROTIANDO

 E ainda insisto com esse tipo de paixão que me arde o corpo e destrói pouco a pouco o que me resta de não mente que logo, vira mente.

...É que é um pouco dessa paixão que me faz distrair nesse escasso período de tempo que tenho de vida. E saiba que não é uma distração proposital. Ela me toma sem eu querer:

Me pega na padaria
Na fila do banco
Na sala de aula
...

Entra pelos meus ouvidos, olhos, boca...
Nos momentos mais rotineiros dos meus dias.

Distraio-me feito pluma de travesseiro.
Caio devagar
Calmamente apaixonada
.
.
.
Ensopada em ácido corrosivo me ardo
Mergulhada em óleo velho me encharco
Depois me esfrego em qualquer coisa áspera que faça eu acordar dessaletargia vadia que é o amor (?)
Eis que isso não adianta, já que o misto de sentimentos se fez salpicão.
E colocaram muito ingrediente nele.
A dor que me aqui invade se sustenta por dias, meses...

Corrói-me por dentro, eu digo.

É como bicho de goiaba
...E eles se divertem à luz de cócegas que machucam
Picam.

Riem em movimentos.

São minhocas ensaiando uma dança:

Um tango
Um flamenco
Um bolero.

Ah, se adubassem a minha terra.

Po(b)dre moça do coração furado que respinga sangue de ilusão

(Tassi)

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