quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Autoconsumação ansiosística




Sem unhas e sem anadores,
Cabelos à La Betânia,
Mãos em carne viva,
Esmaltes destruídos,
Dedos dançantes,
Pernas inquietas,
Coração milpalpitante,
Estômago dilacerando,
Um tictictictictic angustiante
De nervoso descontrole
E me consumo,
E desguarniço meu ser
O que vai ser?
Como será?
É isso ou não é?
E amanhã?
E agora?!
E daí vou pra não sei aonde,
me consumo ao pedaços
na ânsia do inteiro por vir.

(Suzianne Santos)

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