terça-feira, 27 de setembro de 2011

"tripé: refletir, decidir e praticar"



Umdoistrês

Um, dois, três

[...] [...] [...]

Quanto tempo é tempo suficiente pra limpar os olhos de ressaca?
A angústia perdura e a voz fere-e-cura paralelamente.


Ei, pseudodeus...


Como é que pode tudo isso? Como pode?


Na boca do meu estômago te­m algo impedindo a passagem de alívios.
A mente não dispensa os incômodos e só consigo me concentrar nisso.

REFLITO, PENSO.

Penso.

E saiba que eu penso porque quero, pois se não quisesse, simplesmente não pensaria. 
No entanto,  não pensar me faria doer ainda mais,  e não uma dor parecida com a que me assopra atualmente, mas outra. 
A dor que me sinto soprada não é uma dor triste, é uma dor necessária.
Uma dor que filtra e desestabiliza, que tira o ar do peito. Ou melhor, que enche o meu peito desse ar. 


Bom, talvez  o léxico não tem me compreendido, ou eu é que não tenho encontrado a palavra que, realmente, conseguisse transparecer esse sentimento. De todo modo, eu tenho referendado dor, algo que quiçá poderia ser chamado de uma inquietude crônica. 


Isso!, uma inquietude crônica! Por que não? Veja que a inquietude não tem paciência. É curiosa. 

Ok, até poderia ser assim chamado. Mas só não é  porque mutuamente há a dor [...]



''EM FIM'':  a questão é que desfibriladores me tiram do sono.

‘Choqueiam-me’.  Chicoteiam-me.

Voz nem fala por mim.
Pessoas perguntam o que eu estou sentindo.
Inspiro e expiro – inspiiiro-expiiiro. Não sei o que dizer.


Uma mudeza depois da interação. Recomeço do pensar!

[Que não pare por aí!].


Então, tudo se volta ao:


Caminhemos juntos no mundo das Marias das Dores.
Caminhemos juntos nesse refletir sobre,
Nessa sempre ressignificação que dói, mas que nos faz vida. 


E que nos fazendo, ela nos desfaz e refaz.


Desfaz e refaz continuamente.

(Tassi)

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