segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Bebendo frases, escrevendo cerveja



Bebendo frases, escrevendo cerveja, tudo se confunde
A cevada vira sentenças, as letras refletem embriaguez
A cada momento, química e palavra reivindicam sua vez
Parece que nem sei ler o que escrevo
Ou pode ser que nem sou eu escrevo
Simplesmente fluem, letras se tornam refrões
Cada frase deriva de sinceras emoções
Sinto... E revelo sem o temor do estado sóbrio
Sem as grades, em momentos insólitos
Me desperto e de repente passo de fato a existir
Viajo por sensações, livre! Digito meus desejos...
O manifesto dos sentimentos vem à tona
A escrita leva todas as restrições à lona
Com ares dramáticos para não arruinar a trama
O álcool me mostra o que não vejo
As máscaras simplesmente caem, a miopia some
Em cada letra percebe-se a raiz de uma psicose
Que me retira todas as negações, e saio do isolamento
Perco a timidez, com um gole de cada vez
Uma dose de sentidos me embriaga
E mergulho nas profundezas
De uma realidade sem restrições

Dérek Sthéfano


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