segunda-feira, 24 de outubro de 2011

pés rachados


É sangue no olho que se tem

que escorre no chorar

lágrimas para uma terra regar

lápis de cor verde não se tem


um braço fino como graveto

de cócoras risca o chão

boca rachada, o coração

e um 'A, B, C' de alfabeto


A noite enluarada numa rede

esperando o sono e um sonho bom

pensando, descobre seu dom:

sobreviver a fome e a sede


de joelhos, as mãos estendidas

faz o pedido, estende o chapéu

reza pra todos os santos do céu

pra sair dessa vida sofrida


(MarcoFoyce)

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