quarta-feira, 26 de outubro de 2011



Queria a sua pele aveludada de péssego junta a minha
Nem a melhor ambrosia tem sabor perto dos seus lábios,
Seu corpo tem um doce perfume de rosas, que me embebeda
Exala um almíscar pedante e voluptuoso de seus poros
A visão da sua chegada fica gravada nos meus olhos
O leve som dos seus passos e o melodioso som da sua voz me faz regozijar
Queria puxar de levinho seu cabelo,
morder delicadamente sua boca,
descer suavemente minhas mãos pelas curvas perfeitas do seu corpo
Sua pele na minha,
minha respiração no seu ouvido,
o som mais alto seria do seu coração acelerado pelo medo de sermos pegos
e o fremir dos nossos corpos se tocando
Minhas mãos passeiam pelos recantos mais escondidos do seu corpo,
me refastelo em suas pernas torneadas,
me perco em devaneios de o que fazer com você
sem pudor, sem pressa
Começo delicada, mais o meu desejo é mais forte
e meu ímpeto se faz valer
A noite, amiga dos amantes nos esconde
e encobre nossa teimosia de sermos sempre errados,
sempre na contramão da sociedade
Nosso desejo nos impede de seguirmos regras
E insistimos em fazer do modo que choca as pessoas
Quero seu gosto de fruta doce,
seu gostinho de morangos
O sabor que tentam me impor,
sabores fortes, de graviolas e cajús
é bom, mas as vezes (só as vezes) cansa
o seu é mais singelo e suculento
Nada me importa se puder te tocar,
Te beijar,
Te ter,
Te absorver
Nem que seja só um poquinho,
a noite não vai deixar ninguém saber
Mas você se esquiva, se afasta
Tranquilize-se, espero o que for preciso por esse
momento
O que resta é continuar devaneando,
e é isso que vou fazer...

Dalila Cristina (24/10/2011)

Nenhum comentário:

Postar um comentário