quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Contraído Contraíído Contraíííído.



Eu demorei. E aposto que eu demoraria muito mais se não fosse a minha coragem de colocar o que eu não sei o que vai sair.


Estava ao ponto de explodir. Minha cabeça tinha se multiplicado e ficado maior que o meu corpo, e o meu corpo estava bem maior que a minha cabeça depois que ela tinha aumentado.
Eu não sei se acontece isso com quem gosta de escrever. Mas, não escrever dói.
Dói tanto que os músculos se contraem e eu acabo cortando a minha gengiva de tanto que a mordo.
Mordo de muita raiva e tremo também.
Parece-me que falta algo.
E é claro que falta. Ou faltava...
Faltava-me escrever aqui.
E agora eu estou escrevendo. Entretanto, enquanto eu coloco as palavras, o meu pensar está andando tão rapidamente, que eu mal consigo acompanhar.
Na verdade, ele está correndo...Está correndo porque ele é mais ansioso que eu.
E assim, eu tenho que correr de forma tão eloquente quanto ele.
Agora eu saio em disparada como se eu fosse pegar o meu filho ( um filho que eu não tenho) que fugiu.
Eu agarro e quase o derrubo.
E daí eu bato. Batobatobato. Bato de tanto ódio aquele chão duro de asfalto.

Isso porque os meus joelhos doem.
Os meus joelhos, os meus braços e até o meu pescoço.
...Eles doem e se contraem. Contraemdescontramcontraemdecontraem.
Tudo isso até os músculos relaxarem.

E depois eu apenas assopro.

Assopro o vento tão calmamente, que empurro qualquer raiva que havia por aqui.

E então...



O ALÍVIO.
{ fuuuuuuuu }

Tassi

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