segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Trago



Já que é assim:
Me permites o último trago?
Na verdade nem sei se o aproveitei como devia
E nem mesmo sei se devia
Mas sei que a sensação posterior não é nada boa
Uma mistura e tudo e nada
Um oco mental, um desmantelamento físico
Não pelo trago
Mas pelo que trago com ele
Só espero que tudo isso suma junto da fumaça
Ou ao menos que acabe rápido, como um trago após o outro.
Não adianta mais navegar por rios submersos
Nem sobrevoar áreas pouco habitadas
Não se devolve a fumaça que virou cinza
Nem o palito que virou fogo
Mas se faz mais fumaça da cinza
E mais fogo do palito
Outras fumaças, outros fogos
Melhores, eu espero.

Luan Matheus

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