quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Demônios conspiram 3


Acusa-me de que destino?
Se desalinho ao seu fiel enredo
não posso tão cedo abraçar-me nas curvas?

É doce armadilha, vou tentar o sul desta vez
pelo norte em riste bebi da má sorte
sem suporte para mais espinhos no peito

Mas se deleito em rebeldia
o Diabo não se assussega
abnega meu desprezo
e atira no meu futuro
cai muro, cerca o caminho
descarrila o meu desalinho
durante o breu da guerra santa

alimenta os olhos com suturas
e segura a minha fissão
e então,
ri e se embebeda com a minha derrota exposta

Mas tua conspiração terá fim
antes do fim do meu limite
depois que eu evite
minha humanidade

André Café

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