quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Sépia em cor




Uma novidade, para alegrar-me o dia
Uma pitada de sal a mais
Uma xícara só de euforia

Moeda no chão da esquina
Livro achado por acaso
O telefone daquela menina
Um copo de vinho raso

Qualquer coisa, que me desperte
Que me lembre que não é tudo o mesmo
Um gole do que não me deixe inerte
Um caminho que não seja à esmo

Um telefonema da China
Uma carta de amor do Usbequistão
Uma visita repentina
Um copo de café preto-ilusão

Uma cor, um sabor, um toque
Uma novidade que me aqueça e choque
Por que o que é comum, da rotina
Já me cansou os olhos, não sai da retina

E eu preciso de menos do mesmo.
E mais do que eu nem sei dizer.


Fernanda Costa

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