sexta-feira, 2 de março de 2012

Mundo Haborym*


Eu me visto paradoxalmente
outrora folia, por vezes solidão
cão

mundo suspira enquanto gira,
enquanto encanta meu espanto em relicário
o brilho esquecido no fim de mês
cortês demasia flutuante de ódio
enquanto trago o desconhecido para o chá

Sufrágio do meu vício surtando em serpentina
mescalina, de olhos bem abertos para o cru planeta fechado
regurgitado, embalado e polido
esperando o abrigo
surgir no centro do caos

Encerra-se o humano, decantadas suas virtudes
amiúde, é o verbo
retornando ao precipício
do suplício em idiossincrasia
livre no universo Erlenmeyer

André Café

*sinônimo grego para Satan


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