domingo, 25 de março de 2012

Sonhos e mais


Eu quero me sentar no sofá
De qualquer sala, para fazer sala balançar levemente em meus cabelos
Causar sombra
Para acompanhar seu olhar na ânsia de me tocar
Ser seu sorriso descartado, ver você chamar minha atenção .
Por isso buscava a vinhetas de filmes para me revelar
Uma vida toda de ficção
Não será um cid que descriminara me atual doença
E nem um vicio que me trará solução
Eu so queria uma companhia
Para acabar de vez com meu enxerto de monotonia
Trazer fogo para toda uma pequena vida
Se render a filosofia de um clímax
Ao se afagar em um sofá
E com o mesmo dedo manusear
O controle que enfarta, por ninguém a horas
Em suas teclas não apertar
Vou cruzando as pernas
Para não medir o tempo
Vou encerrando os programas na tv para me manter atenta
De não ter nada ensaido
Nada roubado
Fora dos clichês
Que desfilei sem ter passarela
E nela nem existir plateia
A você, a alguém
Que não existiu palco
Na verdade nem cena
A minha peça,hoje peca por tentar querer existir
Queria palmas, mas para que mesmo ?
Minha mae já me cutucou querendo que saia da cama
Porque chegara a hora de me levantar e vestir a mesma carapuça de antes
Sem eu ter ninguém de verdade ao meu lado .

Myrla Sales

4 comentários:

  1. E na verdade foi uma cama,mas na esperanca de me sentar por horas no sofa,mas quando nao tem o sofa se faz ,se pensa em outros lugares

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  2. o mais primoroso de seu texto, além do recorte momentaneo de uma cena mental bem tramada, é o desfecho: ficção e realidade se chocam!

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  3. Boa observacao Joao Paulo,gosto muito de fazer mesclagem,ja que nao se da para viver tudo o quero,entao vou fanatasiando mas do que no normal. Obrigada pelo comentario.

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