segunda-feira, 2 de abril de 2012

GRANDE BEST SELLER




A vida, o ser, a cor, a história...
Em papéis, tintas, lápis, molduras, portais...
Um artista que expressa e da vida aos sentimentos.
A arte que de forma sublime alimenta o artista.
A expressão de forma simples e complexa se eterniza diante daquele que vê.
A música dança, palcos, cenários...
Aprisionado!
Subjugado!
Nego o meu ser!
Já não sei quem sou...
Será que tenho vida?
Vida!
Penso que existo...
Infinitamente arte...
Uma dança ao som de uma bela música clássica.
Aquela menina bailando como um anjo que paira no ar.
Não consigo definir sua forma, mas a sua beleza é inigualável.
Todos se encantam, com tão grande beleza.
A métrica se funde com a musicalidade.
Rima poética, trova poética, prosa poética e tudo poema.
Poema é tudo em meio ao nada.
Poema é vida.
Vida é poema.
Tudo é poema.
O nada também é poema.
A dor é poema.
A noite é poema.
Poema é amor, paz, felicidade...
 Na minha escrivaninha as palavras...
Uma saga de expressões, sonetos e indrisos.
A verbalização das palavras, sentimentos, rumores e lirismos linguísticos.
Do inicio ao infinito se semeia a clarividência das palavras.
Palavras que são lançadas ao léu, que pairam no tempo e tornam-se elementos, signos, estilhaços, cordéis, simulacros das vozes dos vários poetas.
Erotismo, romantismo, lirismo, cubismo, essencialmente poema.
Meus poemas, nossos poemas, tudo poema...
Dores, amores, tristezas, angústias, sentimentalismos a flor da pele.
Encontro de gênios e artistas.
Inspiração, criação, ilusão, misticismo, psicografia, fascinação, livros e poematização.
Aqui, lá, ontem, hoje e sempre.
Poema sempre poema.
Uma forma, mil formas, sem forma...
Um portal literal de emoção e narração.
Romeu, Julieta, Monalisa, pedras na estrada, moreninha, Iracema, canção do poeta, versos e prosas.
Poema humano, humanístico poema...
O silêncio das três horas da tarde anuncia um conflito sentimental.
O tique-taque do relógio soa.
Os cachorros latem, os gatos miam e galos cantam.
Os sons dos carros provocam o causo em meio à calmaria daquele lugar.
Fazia muito calor.
Na lembrança o passado revivia.
Lembrava das flores do meu jardim que não mais existiam.
Das pessoas amada que por diferentes motivos não mais faziam parte da minha vida vazia.
Do prazer surreal que na noite passada me consumia.
Lembrei da infância, dos momentos difíceis de uma vida marcada com muita dor, solidão, injustiça, medo e descaso das pessoas que ali existiam.
Em meio a minha casa ecológica em um espaço totalmente urbano, pensava e contemplava as estrelas que no céu avista.
Sentia uma solidão profunda, um desequilíbrio da alma.
Buscava forças de Deus e do universo para suportar.
As lágrimas jorravam dos meus olhos negros, e profundamente assassinados pela ilusão de uma existência inóspita.
Que frio sentia naquela noite vazia.
A solidão me consumia.
Durante anos pensei, vivi e busquei ser feliz.
Hoje longe de casa, descobrir que ser feliz é algo simples.
Os almoços nos domingos em família era algo sublime...
Ir à casa da minha amada avó era simplesmente mágico, inesquecível.
As palavras da minha mãe alimentavam a minha alma.
As pessoas a minha volta completava o meu ser.
As flores do meu jardim me mantinham vivo.
Os pássaros que cantavam na minha janela alegravam os meus dias.
O que achava simples era de extrema complexidade na minha vida que se preenchia naquelas noites frias.
Eu era feliz e não sabia!
Hoje de muito longe lembro de tudo, mas o tudo simplesmente evaporou no ar.
E mesmo tendo tudo materialmente falando, posso dizer que nada tenho!
Pois as maiores riquezas da minha existe, não existem mais!
Tudo que me resta e lembrar, lembrar e lembrar.
E na mais perfeita harmonia o meu eu e os poemas se misturam.
Não sou palavra, mas sou poema.
Sou trova que completa a luz desta existência.
Sou verso que no dia a dia renasce na fala, no sorriso, no olhar e na alma dos apaixonados.
Sou a paz que buscamos todos os dias.
Sou a liberdade e a esperança de um novo amanhã.
Sou o dia, sou o nada.
Sou o sentimento que emana a vida.
O prazer, a emoção contemplativa da natureza.
O poema que nasce em me renova na leitura do outro que não conheço, tornando real o prazer de viver e de poematizar o meu eu em você.



Dhiogo Caetano
Uruana, Go

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