quinta-feira, 26 de abril de 2012

O Sol feliz do Rio de Janeiro para Abel

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Tiraram o sorriso do teu rosto,
apagaram o teatro da tuas mãos, 
fizeram-de ti um corso,
um palhaço,
um tonto. 


As putas arranharam tuas costas,
tua cabeça, tão melancólica,
virou um túmulo de consagrações. 
Você se fodeu, Abel
o mundo te tornou um cruel
fizeram de ti, 
o besta mais fiel
à surreal realidade da avenida Brasil. 


Fodeu, Abel.
C'est fini, Abel.


Abel, repito teu nome,
Abel, desgraça em pronome,
O que fizeram de ti, irmão?



Estais com a corda no pescoço,
estais com a faca na mão
tu cais em latejo,
um sol de devaneios
com raios interlaçando uma insolação
nesse (in)feliz Rio de Janeiro.









Raíssa Cagliari para Abel Cagliari; 26/04

E ps: Porra Abel! Acabei de descobrir que você tinha razão: A única coisa que não abandona, trai ou desaponta, é o álcool ( e a morte). Vamos resolver isso com Hemingway.

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