quinta-feira, 5 de abril de 2012

Poesia para o desconhecido

Ando tão angustiado,
Que mal reparei como andas calado.
Ando tão angustiado,
Que mal reparei como tens chorado.
Minha angustia foi tão cruel
Que não me deixou perceber
Como é ruim amar sem ser amado.
Andei, esse tempo inteiro,
Tão cedo,
E amaldiçoado,
Que eu nunca reparei como tu choras calado.
Perdoe, é o mínimo que faço.

É o mínimo que peço,
Ter esquecido tua existência
E te pego em desespero.

Desculpe,
É o que te peço.
Se andei tão angustiado
E egoísta,
E por ter bebido tanto estes dias
Que causei tua dor,
Sem nem aos menos lembrar que tu existias.

Raíssa Cagliari (19/03/2012)

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