sexta-feira, 25 de maio de 2012

Aleivosia

O que fiz à sua ausência
amando outro à custa de não teres
sabido a hora certa de nos terminar
não te surpreendeu ceder-te em teu 
próprio lugar

 Não deu certo te ter distante
quando na maioria das vezes te tinha bem do lado
onde as mãos nem conseguiam
alcançar-te, jogar-me em ti diante

Não te roubei de mim
não te desertei por aí
nem ao menos te dei
permissão de sair daqui

Me destes liberdade quando
eu era sua prisão

É sempre assim:
um ama mais que o outro
e  o que ama mais
acaba não tendo tudo,
amando outro

(Rosseane Ribeiro)

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