sexta-feira, 22 de junho de 2012

Minha ode ao cordel

Acho bonito os ganhos
Dos acordes sertanejos.
Sou do sertão,
E de dentro não vejo
Nenhuma outra canção
Que valha ao poeta
Maior enternecimento.
É dessa gente que
Canta conhecimento
E mistura a finura
De uma rima
Com sentimento.
Eu faria,
Se de mais dentro fosse
Não sou Maria,
Nem José,
Mas faço poema que é um doce!
Sou o que mandar a fé
Quando a poesia não finda
Dá-me na alma um baita açoite
E eu aqui de gaiata
Vou aprumando esse garrote
Para que a molecada faça
Da poesia
cantoria de dia
E de noite.
Sei que é pretensão a piar;
Sou urbana, não tenho
Porque aqui eu vá inventar.
É porque não resisto
Acho mesmo cordelista
Um artista muito bonito
E mesmo que eu não possa
Um Cordel cantarolar
Faço versos tendenciosos
Para que esses ganhem vida
Tal como a maré agita o mar.
Vanessa Teodoro Trajano

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