terça-feira, 17 de julho de 2012

Amanhecer


A ponta saca o corpo de mim
saca, saca tanto tempo que se sente
ou mesmo ausente de vibrações
as canções do vento lunar
me aquecem ao frio da madrugada
invade, contenta e detona
o meio amargo que é meia-noite
açoitando o meu tenso
lenço fúnebre das minhas rendições
o rendido pinta de terror
o clarão mecânico do puxo
e repuxo a consciência
pois o dia é maledicência
em amanhecer

André Café

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