sexta-feira, 6 de julho de 2012

Divagações sobre morte em vida, e sobre ela.



Paro e penso no que vem adiante...

Não há nada concreto, apenas especulações
E tudo que posso prever são incertezas
O passado ecoa apenas especulações...
...futuras.

E nesse conjunto de substâncias que sou
Tantas quantas não sei, nem saberei
Há um todo do universo em mim
E o “mim” faz parte do todo, porém Sou.

Não há Deus(es) para clamar, nem punir
Nem chorar, nem orar, nem nada.
Só há na temporalidade a consciência
E sem consciência nada há.

O vazio em todos É...
Todos sabemos, mas poucos encaram-no!
E enchem de esperanças o morto
Com promessas insípidas de pós-vida

Só de certeza há palavras, lanço-as não sei se em vão
Materializo-as desejando lembranças, não sei se serão
Prolongo minha consciência nas letras, não sei se hão.
Depois delas tudo jaz, meu “input” em ti será ou não.

E que minhas divagações aqui ponho um ponto
Não há mais solidão que a vida, e nesse ponto
Sei que morrerei, mas enquanto não estiver no ponto
Refletirei, experimentarei, até que TUDO seja ponto

(Hugo Jardel em 06 de Julho de 2012)

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