sábado, 7 de julho de 2012
Humanidade Fenrir*
Púrpura ...
tingida a humanidade, púrpuro tom mescalinado
do púlpito sombrio ouvisse o clamor
pelas negras presas cravadas no corpo
Se o sangue escorre, é sinal de louvor
e descabidos ritos de comemoração
oferecidos aos deuses, o labor da carnificina
enquanto operam a fé pelo milagre recebido
Turvo, entre os dentes o sabor de sangue
a carne é mais que alimento; é óleo diesel
que movimenta o tormento em vida
ora lamento, ora firmamento, sempre humano
Entre tropas e trincheiras a sede reafirmada
pelo mundo puro e salvo
mascaradamente fome
do homem em sim, o próprio alvo
André Café
* Filho de Loki, descrito como lobo
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