segunda-feira, 2 de julho de 2012

Mórbido domingo


Embaraçando as folhas do oitizeiro o vento raro;
caro como almas em dia de domingo no centro da cidade
armada tinta e papel, com cervejas e regurgitos
na contramão de brisa, segue o poeta
desvanecendo dentre o cinza predial,
no tácito parado tronco enegrecido de pó e ilusão:
cão mundo num ponto vencido e nidificado da frei serafim.
sou fim: enquanto as palavras derramam-me em goles quentes de espuma e soluço,
arcabouço insípido e intransigente, que jaz o inocente,
defronte revelia no fundo da garrafa,
disfarça o mundo com seu melhor pesadelo

André Café

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