sexta-feira, 20 de julho de 2012

Parcelas suspensas no mundo do ar: Impura arte


Relicário. Tantos caleidoscópios;
infinitos olhares e lugares, numa rama de Crisântemo.
Suspira, amor desencontrado.
No ápice sonhado, o riso escondido na distância,
sempre aparece claro e altivo; vivo
defenestrador; provocante e comedido;
o instante e o todo; plano suave de perdição
Mas sim! Perder-se é a pedida! De vista, de espaço, de tempo;
Vãs entidades que param,
que cessam por um só momento de estar,
de sentir, de vivenciar a flor.

E eu com minha filosofia incompreendida,
fixa num cacho de desejo e de vontade,
a filosofar em mesa de bar ou na rua de casa
os tantos significados de invadir
Não fora o tempo e o espaço, tampouco os próprios sentidos.
foi invasão desmedida na essência
foi quimera suturada ao pé do ouvido
é o descaminho encontrando rota:
o temor do inverso,
no universo que me teme,
aprontando em toda parte
a vontade de ter:
você, impura arte.




André Café



Nenhum comentário:

Postar um comentário