sexta-feira, 20 de julho de 2012

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Flor que afasta com teus espinhos, mal disfarça
Que são pétalas tão frágeis que se soltam, em colapso.
Os sinos badalam desesperados, inflamam na cabeça,
Não peça nada mais, cuide-se mais, fique bem.

Moça que baila nos grandes cachos, que te recobrem,
Recupera-se na força de tuas escadas, de tuas varandas,
Solta tua voz potente pelos caminhos, coloca as mãos no pescoço,
Embraça o mundo sutilmente, vivamente se refaz.

Se for pra cair de cama, que seja de prazer,
Se for pra gritar aos cantos da terra, que seja de alegria,
Se for pra se dobrar, que seja às maravilhas.

Falta você, regando os caminhos com teu ser,
Aparece logo com teu jeito de fazer poesia,
Sai desse lugar cruel, abandona logo essa ilha.


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