segunda-feira, 30 de julho de 2012

Um convite para um chá ou mesmo um gole rum, para toda humanidade; o antes do Inferno Socrático II


Talvez 2238, insignificante martelar diário que ronda meus pensares
já faz muito tempo; a terra que muda seus caminhos, o cheiro do óleo fervente provocando lume
névoas, venenos, castigos e prudências; maledicências e carnificinas ao redor e a todo instante
é desta parte que agora sou, mas sem ser, sendo.

Outrora um curioso jogo de cartas, para o deleite de Satan, brincando e apostando com vidas, mas de uma sensação estranha, pelo labor constituído nos diálogos, quando eles existem. Uma vida sedenta, de tudo, inclusive de luz Solar. Onde e em que perspectivas os deuses permitiram a criação de tal lugar? Foi o meu ver, assim que toquei o chão destas terras. Agora, sem uma hora e espaço definidos, já sei que não sei se isso é prazer ou função natural de evolução; avalio ainda algumas necessidades.

Mas o que me espanta são as rotineiras chegadas dos retumbantes hominídeos, milhares, milhões. Se o tempo e o espaço de dissolvem, muitas eras em Terra aconteceram. E mais e mais almas findam seu espetáculo de gozo por aqui. O que será inferno, o que será planeta, o que será ternura, o que será verdade. Não mais que um desafio, mas progressiva consciência de compreender este espaço, de dialogar com sua ilogia. Ao passo que os traços humanos se apagam, apago o fogo para mais um chá de gengibre e coca, conseguidos por um preço relevante no mercado inferior. Torpor é o que sinto? Não sei, não sei se saberei. Quisera eu apenas uma notícia da Terra, com os olhos e coração de alguém em vida. Os conhecimentos foram ao olvide? O que acontece naquele planeta?

Queria grosseiramente mostrar o que acontece aos homens cá neste miasma. Queria os olhos das pessoas ardendo para algum tipo de reflexão. Ou não queria, pelo entendimento prático de ação e reação. Labor que fomento e devoro. Queria relatos e fatos da condição humana de qualquer tempo, a tempo de construir considerações.

Um convite para um chá ou mesmo um gole rum, para toda humanidade,

Sócrates jogando poker em Cocytus com Satan

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