quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A cama ociosa (há Marias que vão) x Amar ia.

Como machuca respeitar tuas preces
Ai de mim, se eu soubesse contar Marias
Fala pras elas que eu nunca faltei na retina
De quando agarras toda menina que sonhando esquece
Confessa que não tem alfazema, nem lavanda, nem mulher prenda
que te faça esquecer o cheiro que fica no travesseiro depois de eu desaparecer
E que trocar os lençóis é um símbolo
de que Ana logo vem vindo pros braços e já desinibida 
tirar todo o  peso do compromisso das desquitadas de Vinícius 
que se entregaram ao modernismo de te prender ...
Diz que os dentes delas não passaram de travas fáceis de se dissolver no tédio
Debaixo do prédio deixa a fulana esperando condução
No meio do caminho, na multidão
Nem precisa eu levantar a mão pra reconhecer
A mulher sem hora, a sem candura, de alma quente e nua
A primeira imagem da tua aurora já sabe o caminho, só de viver..
Tomar o café, imitar teu bocejo, advinhar teus desejos
E ainda assim, entre tantas certidões de destinos que cruzam com os teus
Quando a euforia da juventude desopilar do teu fogo 
Vai dizer que eu sempre fui a mulher que tu pediste a Deus, e a tua sorte veio em dobro!


(sem futuro, sem caos)


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