segunda-feira, 20 de agosto de 2012



Ai de ti, minh'alma!
Que de tão afoita, apaixonaste
Justo por um poeta sem poesia,
E agora, desvairas sem causa.

Ai de mim, que ei de provar
maior poetisa, p'ele não há
E que talvez, possa lhe dar
Maior amor que d'outra qualquer.

Ai de ti, minh'alma!
Que em desespero, suplica por calma
ao provar-lhe ser mulher
[Não a arfante menina]

Ai de nós, minh'alma!
Nosso amante, um canalha
destoa n'outro amor sem dó.

Raíssa Marcelli

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