terça-feira, 25 de setembro de 2012



As noites são brancas e me vejo flutuando
A casa parece tremula
Ouço o barulho das luzes do teto e aprecio o silencio
Penso, penso e caminho pela sala
Perco-me nos meus livros novos
Viajo no teu cheiro e minha voz de poeta começa a te chamar
Corro para a janela e vejo esse mundo colorido
O dia dessa noite parece não ter fim
Sinto passos me perseguindo e o movimento de suas mãos
As pequenas velas acesas se apagão
Meu cabelo se move num sussurro do vento sobre meu rosto
Visto-me de preto e corre sobre a areia deserta
Deito-me no mar e as ondas me cobrem e me vejo saindo aos prantos ao longe
Penso em fugir pra longe e ficar no teu ombro e não consigo
A linha reta parece distante e se perde ao longe no horizonte
No horizonte essa saudade me leva para outros mundos
Mundo cheio de luz, essa luz que me incendeia
A quem ache que penso em tocar o mar que percorre meu corpo
Penso em tuas mãos a todo o momento percorrendo meu vestido
A quem a lua levou para o horizonte e não o trouxe deixei ir pra longe...

Jocilene Gomes

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