segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O fio de Ariadne



Para Ariadne Chaves

...E era a tormenta a estraçalhar meus barcos,
E era o soluço amargo e a agonia,
E eram meus sonhos naufragando sempre
No mesmo mar em que o amor ardia.

Minha alma triste em mais de mil infernos
Jogou seus passos tortos certo dia,
Mas tu me deste a chave perigosa
Que aos dédalos escuros conduzia

A mente heróica que não teme a morte
Voltando a si, na escuridão interna
Desafiar seus próprios minotauros
Depois voltar para uma paz eterna.

Eu hoje posso nesta paz augusta
Deitar-me à sombra do teu vulto enorme
De olhos abertos te encontrar sorrindo
Enquanto o resto da cidade dorme...

Igor Roosevelt

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