terça-feira, 25 de setembro de 2012



O meu amor tem gosto de cinema antigo...
Tem o gosto do tempo em que esquece
A dor que causa a mão de encontro ao rosto
E a dureza do não diante do olhar sem termo.

O meu amor é leve, e de tão leve é calma,
E de tão calma é nuvem, e de tão nuvem é brisa
Que direciona os barcos ao poente infindo
Porque de praia e porto anda demais distante.

E quem precisa ter areia sob os pés?
Dez mil vezes viver o sabor da incerteza
À certeza da vida sem sabor nenhum.

De que me importa o tempo e sua constante pressa,
Se no abraço de luz e fogo das galáxias
É meu amor que vive e viverá cantando?

Igor Roosevelt

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