segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Sabença


Num duvido das histórias
que nasceram antes do tempo,
do solo barrento,
acordou o firmamento
se fez primeira a memória

Em canto natural
um pedaço deste universo
me provocou o verso
enquanto submerso
em plano ametral

Povo rico de sabença
lasca pedra de lajeiro
faz um vidro por inteiro
mergulhada no agueiro
retornando com cachaça

O rio, o vento, o luar
deitado na pedreira
história, mesmo treineira
é formação verdadeira
mandala que faz poemar

André Café


Nenhum comentário:

Postar um comentário