domingo, 2 de setembro de 2012

Sob tuas telhas



Chego ao portão e já sinto teu cheiro - está por toda a casa, inebriante. 

Entre um beijo e outro, o ouvido encostado no teu peito, sinto-o pulsar. O meu, tão forte, que a certa altura já não sei o que é meu, o que é teu, ou se é nosso.

Entre silêncios e piadas bobas, o abraço que poderia durar uma vida. Cada sinal, cada curva, cada pelo despontado da barba. Percorro minha mão no teu rosto, pedindo que fosse possível que o mundo se esquecesse de nós pela próxima semana. E poder aproveitar uma centena de minutos assim.

Amanhecer-te em mim.


(Mayara Valença)

Nenhum comentário:

Postar um comentário