quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Dor ...



Sentimento ou dialeto?
Momento ou flagelo?
Quem se presa, despreza.
Quem se sujeita, almeja.
Quem se humilha, arrisca.
Mas, e a dor? Existe antídoto? Premonição?

A solidão, em ocasião, é o seu melhor.
Outrora, é escape. Ou além, é inércia.
Se os opostos se atraem, onde está o meu similar?
O singular me amedronta, e a expectativa me coroe.
Viver à deriva é o ópio do cérebro e o combustível do coração.
O que fazer, então?! Viver ou morrer?
Talvez não exista resposta pra tudo, talvez a fé não seja suficiente.
Talvez o café já tenha esfriado, ou meus dons esmagados.
Talvez essa seja a vida, uma eterna dívida com o inconsciente.

Victor Bertini

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