quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Peregrino



Era uma vez um perdido
Peregrino por entre as estradas entrançadas
Escondido nos bosques indianos da memória
À procura de encontro
Às escusas para aparecer
Se perdendo, queria se achar
Silenciando, desejava falar
Um dia ele ouviu o que uma dama tinha a lhe dizer:
É cedo? Por certo, mas nem todas as grandes obras da humanidade foram feitas em centenas de anos, e muitos dos mais incríveis acontecimentos só existiram por alguns minutos. Entretanto, para o caso de haverem dúvidas pairantes, deixemos o tempo passar.
Por todas as vidas que desmoronam à nossa volta, a concessão de construir.
Seiva vital, juventude eterna, espíritos pulsantes..
E se tudo acabar, então sigamos como Drummond: agradecendo, apreciando e retendo o que houver de melhor.

Denise Veras

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