quinta-feira, 1 de novembro de 2012

DO POR DO SOL AO AMANHECER




só as onomatopéias me fazem companhia:
o barulho insurdecedor do relógio
a minha voz que escoa em agonia

só as coisas secretas me fazem companhia:
os pensamentos que gritam em meu peito
os ruídos da casa vazia

só, somente só, a tua ausência me faz companhia
no tuc tuc das coisas secretas
e no tic tac da minha covardia

e eu aqui... só.
a esperar por ti... calada.
ao som de pneus na estrada.

(Alice Alencar)

Um comentário:

  1. Bacana! Alice tu escrita poética é de uma suavidade, gostei do verso "...a tua ausência me faz companhia", ao ler o poema me deu uma sensação de não sentir mais só. Valeu...

    ResponderExcluir