terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Abraços Grátis



 Abraços Grátis 



Por Carlienne Carpaso 

Era véspera de Natal, dia 22 de dezembro de 2012, quando alguns amigos percorriam o centro de Teresina com cartazes e blusas pedindo – ou seria oferecendo: abraços grátis. No olhar, um pedido sincero; nos lábios, um sorriso espontâneo; no coração, a vontade de abraços para fazer do mundo um lugar mais solidário, sensível e feliz.

Abraços Grátis (Free Hugs) - dia 22 de dezembro de 2012 

“Solto-me do abraço, saio às ruas”, diz o escritor uruguaio Eduardo Galeano. Os “abraçadores” saiam de um abraço para outro; abraçavam um, dois, três. Abraçavam todos que correspondiam com os mesmos braços abertos. Abertos de humildade, aconchego e respeito ao desconhecido. Acredita-se que pelo menos um de todos aqueles abraços dados seria o primeiro de dez, vinte, trinta pessoas. 

Aqueles que passavam pelas praças Pedro II, João Luís Ferreira, Rio Branco e da Bandeira – assim como nas ruas adjacentes - naquela manhã, recebiam “os amigos de abraços grátis” com sorrisos no rosto e um jeito tímido de quem dizia Sim ao “você aceita um abraço?”. Porém, outros falavam que não, mas por que não? O poeta Mario Quintana falava que “aquele abraço vale mais que qualquer palavra”, sendo que o "abraço deve ser de coração com (e para) coração, tudo isso cercado de um (grande) abraço afetuoso".

Abraços Grátis (Free Hugs) - outubro de 2011


Os abraços oferecidos deveriam ser assim para acalmar a alma, pois não deveria haver tanta sobra de espaço dentro de um abraço, não é mesmo (músicos e compositores do) Teatro Mágico? Talvez seja isso. Os nãos recebidos por eles não passava do medo de um sentimento bom já tão esquecido por muitos. Enquanto houver pessoas como esses jovens que saem, pelo menos quatro vezes ao ano às ruas da capital piauiense, para dar carinho sem olhar a quem fico com uma sensação de que mais amor poderá ser vivido na nossa humanidade.

Há Braços, sempre.

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