terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Por vários dias



Quando é mesmo que a semana começa?
Esse mês é trinta ou trinta e um?
Jurava que mês passado foi trinta e três.

Por vários dias eu esqueci quem eu era
Por vários dias eu esqueci a cor dos seus olhos
Por vários dias que acreditei nas suas mentiras
Por vários dias eu tive medo
Por vários dias não ouve um dia.

Quando o “boa noite” é desejado
é fácil torna-la boa
o que assusta mesmo é o movimento do dia.

A minha ultima carta, um simples verso dizendo
“O medo é uma resposta que não podemos compreender”
“O seu medo continha um tempo que não suportava mais perder”

Tantos desvios, perspectivas e ações sempre iguais
o medo é isso, a resposta daquilo que não conhecemos
porque o que conhecemos podemos controlar
e tudo que tem controle achamos ter segurança.

Por vários dias eu fiquei te esperando
Por vários dias você veio, mas sempre pelo caminho errado.

Os dias passam, e mesmo que a segunda de hoje
tenha o mesmo nome da segunda passada
existe algo que muda em um segundo
que não podemos controlar
quando o relógio marca quatro zeros
e o novo dia começa.

Não são promessas, medos e vontades que realiza
é sempre a determinação, o virar de pagina
saber que no final de um livro incrível haverá mil outros
nem pior, nem melhor, mas igualmente incrível.

Eu não sei dançar
mas lhe convido
tenho medo de pisar no seu pé
mas acho que você poderá me ensinar
como lhe conduzir por um breve instante
e as vezes o medo só precisa disso
um pouco menos de culpa
e de mais compreensão
por quem o sente e por quem o está sentindo.

A música me entende de verdade
por isso seja uma melodia, não aquela que tenta agradar
mas que agrada por ser quem é
seja o som que agora em diante
deixará tudo infinito.

Bruno Luiz

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