quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Depois da briga


Foi um tiroteio de insultos, ofensas distribuídas gratuitamente mas que teriam um preço depois. Um descarrego de palavras que deviam estar entaladas na garganta há dias. É por isso que o silêncio é perigoso: quando cala o que sente o coração, e, depois, no calor da hora, no estremecer do corpo, na raiva, nos obriga a dizer sujeiras, coisas que até são verdades, mas não mereciam serem ditas para machucar.
O silêncio, entre duas pessoas, age como maquiagem no rosto: fica bonito até disfarçar bem aquilo que incomoda. Depois, removida, olha-se aquilo que não se quer ver.
Ele me disse umas trezentas frases prontas. Que eu era isso e aquilo, que eu não gostava disso, fazia doce com aquilo, errei ali e acolá. Eu também aproveitei a raiva e me deparei a falar sem parar. Nem era sobre ele. Só não queria me sentir acuada, por baixo. É raro a gente brigar, conversar francamente. Foi só eu perguntar se tinha alguma coisa de diferente que ele me veio com essa violência toda na boca. Por isso, amiga, converse com seu namorado, faça planos e saiba desfazê-los. Só saiba dosar: nem pouco nem demais. Acho que tenho muita culpa neste ocorrido. Percebi que ele se afastou um pouco. Na verdade, cá entre nós, eu acho que ele não se afastou, é que a coisa acontece naturalmente. Não estamos nos 30 dias de paixão intensa de quando começamos, estamos nos acostumando um com o outro. Com a separação que é invisível: o estudo, o trabalho, os planos, a família e a ocupação que cada uma acabar por nos dar.
Depois de tantas besteiras ditas, a gente se abraçou e se beijou como se fosse o primeiro dia dos trinta dias de paixão de quando nos conhecemos. Aquela coisa de conhecer o corpo, o beijo, querer loucamente, se render e ceder a tudo.
E eu acho que devemos brigar mais vezes...

(Rosseane Ribeiro)

Poesia e rima



Aprendi a fazer rima
Das palavras que conheço
Mais nem todas se combinam
No compasso que escrevo

Aprendi a escrever versos
E percebi que poesia
É mais do que se lê
O que se sente

Não faço poesia
Não saberia fazer
Apenas combino com o papel
O que o lápis deseja escrever

Não faço rima nem prosa
Sou descrente dessas artes
Mas sei fazer um poema
Onde cada um lê o que sabe

Mar Rodrigues

Eu, em vários post its


Eliane Barreto


Flash Backs



Flash backs vestidos de futuro se refletem em meu espelho essa manhã
Cabelos bagunçados
Barba por fazer
Olhos fundos mostrando como foi difícil atravessar o deserto chamado noite
O café quente e amargo lava a alma e tenta futilmente animar o corpo
Que cansado apenas sorri
O Futuro agora vestido de presente me entrega nas mãos um embrulho
Abro e vejo que mais uma vez estou preso a este carrossel
Sempre girando no mesmo lugar e olhando as mesmas paisagens
O ter e perder
O abraço e os dedos apontados
Os pássaros e a gaiola
Essa noite Flash backs me mostraram qual o ciclo da minha vida

Bernardo Moraes


Como dói, nunca imaginei algo assim...
Aquele texto devastou a minha vida.
As palavras ali redigidas me fez chorar, me fez pensar em desistir!
Quanto medo, um sentimento de culpa devora o meu ser.
Algo nunca antes sentido, me faz sofrer.
Oh, meu Deus!
Tem misericórdia do meu existir!
O senhor conhece o meu ser; sabe quem sou!
A minha alma foi devastada pela triste notícia, mas irei sobreviver.
Preciso resistir, a minha história vai além de tudo isso!
Sou um sobrevivente...
A minha missão é levar uma mensagem de amor e de paz.
Esta batalha é minha, o mundo precisa de mim!

Autor: Dhiogo José Caetano


Picadeiro? Picadeiro é onde todo santo dia o palhaço encena a vida. No descompasso do dia a dia dança no ritmo do riso que vibra o Espírito. Redesenhando o (uni)verso de dentro. Soprando neblina. Desmembrando medo. Descartando o sinônimo de sobrevivência. Vivendo. Em verso inventado de si mesmo. Às margens do rio de lágrimas, suaviza reflexo da própria face rindo do prato. Rindo encantos. E rindo entoa o canto adoçado da vida. Desaguando inteiro o eu ferido. Afrouxando os apertos de dentro. Rindo transborda vida – alumiando o peito. Desencantando lágrima. Desfazendo tempestade. Reencontrando leveza na Alma. Um palhaço confesso – sem máscara – nunca tem presa. Perde-se no tempo apreciando em prece a benção da graça. Pintado de piada acinzenta tristeza embelezando o sagrado do Ser besta. Reavivando contentamento por não combinar com dor. Sendo embalado pelo Amor por desvalidar o dissabor. Em permanente (lou)cura sente o intenso da vida. Vive inteiro ainda fragmentado. Ousado arrisca-se com os olhos fechados. E se resguarda sob o escudo da Fé inabalável.

(Nayara Fernandes)

Tu és Aquário ...
e eu sou Peixes:
e somos Oceano

Ana Rosa e André Café

Foi Ana


Noite, madrugada e a poesia que me abre os olhos
tamanha a força é para detê-los de vista,
maior ainda é o versar no êxito de abertura
quão é o destino da lonjura dos que dormem?
têm o sono tão perto, disperso em Ilíadas
quando se faz a ternura pelos homens?
a madrugada fria e esfria, gélida e congela
qualquer sinistra ação de piscadela
Noite, madrugada e a poesia que me abre os olhos
que me arde os olhos
que me urge os vícios
e absurde os sonhos

André Café

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Ser quem sou


E fui louva-a-deus grená
num tempo sem temporalidades e vultos
num reino absoluto
de solidariedade

E fui água do Ganges
fui lavadeira e tinteiro
fui harmonia por inteiro
num mundo de cordialidade

E fui selva, mandingueiro
forte, dos mais guerreiros
sabedoria e natureza
em tribo, circularidades

E fui filosofia
filosofando sobre magia
por que porquê na mente havia
e tantas singularidades

E fui trova e verso
versando o amor amoroso
enquanto os muros pomposos
se iludiam em iniquidades

E fui renascença
a sabença da negação
o clássico louvação
de transformidades

E fui fio de espada
de samurai vida
a honra erguida
na lâmina da verdade

E fui luz, iluminado
da razão que me cega
a toda subjetividade nega
as meias verdades

E fui, refeito, em leito de transmutações
eu hoje sou nem sei,
se sei, até quando seria
deixar de esperar pelo dia
por minhas revoluções

André Café


Na vida:
ou me amam
ou me odeiam
A terceira opção é banho-maria - não soma.

(Nayara Fernandes)

Infeliz Aniversário



Fechou o computador, decidiu que aquela seria a última vez que aqueles pensamentos lhe atormentariam. No entanto, ele se esquecia, que no coração e no pensamento, força nenhuma manda, ao não ser, é claro, a que os provocara.
Sentou no barzinho de sempre, uma dose, duas, três, mais algumas, o suficiente para lhe anestesiar. Achava estranho o rumo que sua vida tomara. O telefone tocava mais uma vez, colocou no modo silencioso. “SILÊNCIO”, pensou, nada melhor, para piorar as dores.
Ao fundo a voz rouca do cantor sussurrava “I'm so lonely, but that's ok, i shaved my head and I'm not sad, and just maybe I'm to blame, for all I've heard, but I'm not sure"
- Posso trazer mais uma doutor? – perguntou o garçom impaciente;
- Pode trazer
Mais uma o que? Uma vida? Uma chance? Uma oportunidade? O que ele queria afinal? De que adiantava construir sonhos em cima de areia? De que adiantava ser o cara promissor, que teria um futuro brilhante, se esse maldito/bendito futuro não chegava?
O garçom servia mais uma dose.
Pensando calmamente, viu que sua vida era exatamente como aquele Whisky que lhe serviam. Passava doze anos, se apurando, perdendo a água  para ficar o mais perto possível da perfeição e o que faziam com ele? Colocavam gelo, água de coco, água com gás... De que adiantava tanto prumo? Tanto zelo? Se o melhor que ele podia dar era contaminado por subdelegações, por subempregos, por uma sub existência, para que continuar insistindo?
Passou a entender a mente dos suicidas, que ao seu ver se tornavam heróis ao abrir mão de tudo pra seguir outro rumo. Já estava decidido a acabar com tudo, com sua dor, seu egoísmo, sua impaciência, sua vida, quando o relógio marcou meia noite e um.
Voltou para a casa, para sua velha vida acomodada e seus velhos dilemas deploráveis.
E assim terminava Seu aniversário.

Malcon Barbosa


Defeito perfeito.
Perfeito defeito.
Feito nobre – ser humano vulnerável.
Tentador.
Atenta a dor.
E arde.
Invade.
Inflama.
Espanca.
Fere.
E sara.
Matura.
Exalto.
Salva.
E volta para o início de tudo.
Defeito imperfeito.
Imperfeito defeito.
Feito móvel – ser humano máquina. (Nayara Fernandes)


Liberdade de dentro para fora.
Liberdade de fora para dentro.
Leve-se.
Livre-se.
Permita-se.
E se deixe permitir.
Porque o Céu é telhado do mundo.
Deus Pai é amo da casa.
Nós servos (in)dignos – desde a essência manchados.

(Nayara Fernandes)

Poemiza



Teu poema

punhetiza?
Poemiza
Ou poetiza?


Vinícius Oliveira


metade
etade
tade
ade
de
e
ninguém
é tão
humano
que nunca
soube encontrar
a outra parte

(Nayara Fernandes)


Arvorecer:
o respirar
volta a
acontecer
quando
você
toma as
dimensões
de dentro

(Nayara Fernandes)


o  tema
do poema
é a dor
ardor
do amor
incurável

(Nayara Fernandes)

Você quer vir comigo?



Em meio ao caos me faço algumas perguntas
E em uma vertigem nauseabunda vomito porquês:

Toda Miséria e Fome do Mundo, por quê?

Todas as Guerras e Racismo, por quê?

Toda Riqueza e Poder concentrados, por quê?

Não consigo definir uma resposta
Não consigo sequer chorar
É que isso tudo é por de mais banal
E perdi a capacidade do pranto

Tento fugir ao suicídio gratuito
Mas eles estão por toda parte
(Corpos decaptados vão ao salão de beleza)

O mundo está cheio de pobres alienados
E intelectuais arrogantes cuspindo suas teorias
E eu estou perdido em meio à massa
Clandestino

E tudo que me permitem são uns versos sem estilo
Onde vomito indigestos porquês
E enquanto a burguesia vai ao shopping de carro importado
Eu vou a pé
De encontro ao meu destino.

Cicero Juão

Apartheid



as raças em horas
o silêncio em cercas
a morte em cor.

Yana Moura

Poemas...os meus e os teus


Eliane Barreto

Quarta para as mulheres

(In memorian)


As loucas desvairadas
Saíram pela rua
Dizendo absurdos.
Diziam-se violentadas,
Diziam-se submetidas,
Foram escarnecidas.

As roucas descompensadas
Gritavam pelo mundo
Impropérios e inverdades.
Faziam-se vitimizadas,
Faziam-se acorrentadas,
Caíram esquecidas.

Foi preciso uma ser silenciada,
Para elas serem ouvidas.


Identidade



Lembro-me dos tempos em que me afogava
na anatomia alheia e bebia todo o néctar
que era oferecido ao meu paladar.
Eu era triste e talvez vazio
mas não tão melancólico como sou hoje
nem possuía o mesmo olhar sofrido e boca trêmula.
Meus livros não eram tão empoeirados
e a minha saúde não era frágil.
Refletia paixão em minhas poesias
e orgia em minhas noites
frias ou quentes ou chuvosas.

Tentei duas ou três vezes
mantê-la por perto
mas nem sequer consegui
guardá-la em mim.
Não existia uma gota de amor
ou qualquer outro sentimento além de tristeza
dentro do meu ser.

E percebi tudo isso agora.

Quando descobri o abismo
entre viver e apenas sobreviver
guardei os meus discos do Chico
e nunca mais cantei Singin' in the Rain
mas não parei de escrever.

Porque sou poeta
e poeta não deixarei de ser.

(Laís Grass Possebon)

Metamorfose



Sou uma metamorfose de mim mesmo
Vivendo um passado presente
Manifesto em minha indiferente mudez gritante

Sou o primogênito único descendente
Herdeiro absoluto
Das terras ao norte longínquo de algum lugar
Que meu pai nunca teve

Sou da tribo dos poetas profetas
Mensageiros do velho evangelho
E canto em versos e versículos
O inverso da metáfora apocalíptica do juízo final

Eu sou a lúcida loucura
Herói condenado ao remoto esquecimento
Apenas lembrado como mártir
Da República utópica dos escravos da liberdade

Cicero Juão

Lâmina


PATRI(DI)OTISMO



Como amar este país
Que por 400 anos escravizou meus avós
E dizimou meus ancestrais?

Como amar este país que me negou educação e dignidade
E me relegou aos subterfúgios de uma história sem heróis?

Como posso me orgulhar deste país
que usurpou o torrão de terra
Onde meus pais cultivariam seus sonhos?

Como posso amar este país
que calou Herzog
e amordaçou para sempre o tupi-guarani?

Como posso me orgulhar deste país
Que não tem orgulho de sua própria história
E a maquia nas entrelinhas do discurso oficial
E na hipocrisia verdamarela?

Então como amar este país
Que ignorou os estudantes e os marginais
E deu voz de prisão aos cidadãos?

Portanto
senhores
não amo este país
E não cantarei uma sílaba sequer desta musa aleijada
Porque a minha pátria
É a minha pele

Cicero Juão

Surpresa!



Francisco era um jovem feliz,
agradecido por ter encontrado o amor de sua vida,
a tampa de sua panela,
a mulher mais bonita de seu mundo.

Por isso, todo dia,
ele fazia uma surpresa a ela,
um dia era um beijo roubado,
o outro um abraço inesperado.

Agora a pouco,
ela havia saído do banho,
estava atormentada, preocupada com sua pressão alta,
de repente... Surpresaaaaa!

Uma rosa em sua cama,
um cartão escrito:
“Seu sorriso é a oitava maravilha do mundo,
obrigado por viver mais um dia ao meu lado”.


Os jovens Francisco e Verônica...
40 anos de casados...
14600 oportunidades de se apaixonar.

Raone Matias.


Mais brisa
Menos tempestade
Menos tsunami de vaidade
Mais chuva de simplicidade
Mais Amor em habilidade
Roguemos a Ti a grandeza infinita d'Alma
Reduzindo a nada a ganância vil da carne – veneno letal da humanidade
Vamos pedir piedade.

(Nayara Fernandes)

Xamã


Eliane Barreto


O amor não tem receita, por mais que se queira a ele limitar...
Por mais que se queira a ele libertar...
Por mais que se tente entender,
Por mais que se queira explicar
Por mais que não se queira aceitar...
Não existe terra difícil demais para ele germinar...
Ele nasce quando menos imaginamos,
em meio a um universo diverso de possibilidades
Que nem o mais criativo de todos os artistas e poetas juntos
Poderiam recitar ou mesmo recriar...
O amor é poeta de si...
O amor é fértil em si...
O amor dispersar-se, recria-se e ignora qualquer teoria sintética ou não acerca de si...

Adália Tov


Assuma
Em suma
Pecado não
É sujo
Imundo
É quem vive no mundo
Fingindo ser imune
Revestido da mesma carne pecadora

(Nayara Fernandes)

Mortífera



Desconsolado,
Desalinhado,
Desestruturado...
Como dói!
Estou tão só mesmo no meio de uma multidão.
Meu corpo crucificado sangra.
De mim, o gotejar da vida...
A morte espreita;
Suspirando ao pé do ouvido.
Sinto calafrios...
Ela serve-me porções mortíferas,
Que consome os resquícios de vida que existe em mim...

Autor: Dhiogo José Caetano

Ode a AndréCafé



Coffe-breack
nescafé
Café com leite
Leite e café
café da manhã
manhã de alegria
no misto de sorriso
e folia
café pra dispersar o sono
curar ressaca
acordar de bom humor
cafézinho
1
2
3 vezes por dia
minha dose diária de café não tem fim
um infinito de cafeina pra mim

Nynna Zamboti

Santa Maria



Centenas de jovens inertes,
Santa Maria!a mãe de Jesus e a cidade de centenas de jovens,
Jazem por causa da imprudência dos outros,
Almas juvenis inalando a fumaça da impunidade,
Famílias destroçadas e querendo acordar desse pesadelo!
Quem dera fosse apenas um pesadelo,
Não, não é! é a realidade impactando famílias inteiras,
Oro!realidade cruel!
Consolo espero, esperança de dias melhores Santa Maria!
Tuas centenas de vidas preciosas não serão em vão!
Justiça aos anjos!

Marta de Paula

Do andar



Então entro nesta porta vazia
E evaporo as lagrimas derramas,
Fujo pelos muros, labirinto
E me perco nestes teus olhos negros.

É quando me salvo a alma,
Deliro no profundo submundo
E vejo que neste meu céu
Se vive o que sonho,
Só faço oque penso
E me magoa a toda hora.

Então fecho esta porta vazia
Sorriu a felicidade profunda
Me livro dos labirintos
E aprendo a cada passo.

(Mateus Farias)

Mistura


Eliane Barreto


Você é muito do que me representa
É poesia viva dentro de mim
Ao meu lado, compondo ares.
É um composto do emaranhado das palavras
Que toca junto com a cor do pecado
Que provoca
O tom entre o cheiro
Se curvando com um aroma silencioso
A essência se moldando nos versos
Mas ele se diz que não é um poeta completo
É a apenas uma das poesias
Querendo se achar em mais um verso
Vivendo e sendo como um desconhecido qualquer
Mas na verdade ele é o nosso querido café
De todos os verbos inversos
Apenas André, Café !

Feliz idade meu lindo,querido e amigo

Myrla Sales


Saudade que mata
É a que fica
E faz ferida
Da saudade que não passa

Mar Rodrigues

JENIPAPO



Comendo os pedaços da vida
sacia-se a guerra
nas trincheiras criadas em olhos
fazendo o farpado
ser a cicatriz do grito .

A pólvora destrói o poema,
mas não cala a alma
que devora-se em luta .

Yana Moura
Eliane Barreto

Solunar



Eclipse é olhar sorrindo
Passando pelo encaracolar do sol
Girando o mundo em faz de conta

Rotação dos lençóis
No eixo da tua saia
Que roda e fica tonta
No trançado dos pelos.

Yana Moura

O chão e a lua


Eliane Barreto

SANTA MARIA... NOSSA ALMA CHORA



Hoje, sinto meu coração dilacerado.
Como dói, o Brasil chora junto a Santa Maria.
Só Deus sabe a dor, que estamos sentido.
E as lágrimas rolam, as lembranças ressuscitam na memória e nada podemos fazer!
Queria voltar no tempo, mas não é possível!
Em palavras busco expressar a dor que sentimos na alma.
O coração acelerado, pavor, medo, queremos acordar deste pesadelo...
E fico me perguntando, por quê?
E pensando comigo mesmo, que tudo poderia ter acontecido diferente, mas o destino não nos deu a oportunidade de voltar no tempo.
Oh, meu Deus dai-nos forças, pois preciso suportar tamanha dor...
Nossa alma chora...
Peço a Deus e a todos os mentores espirituais que ilumine as vítimas e familiares da tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul.
Oremos, emanemos energias positivas.

Autor: Dhiogo José Caetano

Vago



Vago
vago muito
Muito vago
Vago

Vago
Vago devagar
Vago de vagar
Vago

Vago
Vago por vagar
Por vagar vago
Vago

Vago
Vago cada vez mais
Cada vez mais vago
Vago
Vago
Vago
......

Cicero Juão

Sujas de sangue!



Suas mãos estão sujas de sangue!
Não adianta lavar como Pilatos fez,
Sua mancha é moral,
Não se extinguirá!
Vocês matam crianças, jovens e adultos todos os dias!
Roubam o dinheiro e a alma alheia...
Já não temos direito a nada,
Apenas a chorar e esperar o fim,
Como podem fazer isso engravatados?
Meias foram feitas para pés e não para o dinheiro público!
Como podem orar em vão?
Tire Deus das suas abominações e roubo!
Suas mãos estão sujas de sangue!
Seu coração é duro como uma rocha,
Sua moral é manteiga derretida,
Suas lágrimas a de um ator,
Sua vida um exemplo a não ser seguido!
Até quando?
Sujas de sangue!
Não haverá perdão para vocês,
Matam e em seus rostos há um sorriso.

Marta de Paula


domingo
míngua coragem
vendendo preguiça
ao preço de banana
na feira de segunda

(Nayara Fernandes)

Poesia de pau


Eliane Barreto

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

SEU AFAGO




NEM UM POUCO AZIAGO

PROVOCADO O TAL ESTRAGO

DESEJA CAFÉ DOCE OU AMARGO?

PEDAÇO DE PÃO COM MANTEIGA LHE TRAGO

TROPEÇO NAS LETRAS PARECE QUE FICO GAGO

POIS RECONSOLA DE TODOS OS SÓCIOS O ÂMAGO

MOMENTANEAMENTE, TODOS DESEJAM SEU AFAGO.


ALDERON MARQUES

homenagem ao André Café 

DIA 27/01/2013

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Da cor da noite


...dedicada ao André Café




Colore a pele com as cores da noite
E sai às ruas vestindo memórias
Distribuindo versos, fazendo histórias
Despindo o tempo no caminhar das horas

A sabedoria se traja de tinta
Nas páginas passadas pelo agora
Manchando o branco do teu diário
Compondo o ecoar das tuas ondas sonoras

Negro que ilumina a noite de luz
Anjos e demônios na mesma escola
Na mesma escala, sem ter escolhas
Pra tudo aquilo que em tua mente o seduz


(Alice Alencar)

sábado, 26 de janeiro de 2013

Nuvem 3


Cálida nebulosidade
teu nevoeiro em chamas de sentido
um coeso diluído
espaçada concentricidade

Eu sinto seus passinhos por mim
que só de anúncio, arrepia
ao tempo que o toque irradia
o rasgo veludo de cetim

Brinca em me chamar
como pra contar segredo
que só a ponta do dedo
saberá escutar

Olha pra mim nuvem
de tão longe desperta
o que de perto, alerta
aos sequiosos outrem

Tu, me chora de repente
e chega ao meu mundo
levando num segundo
o pavor que o todo sente

André Café

Minha felicidade (aos poetas por vir)



Felicidade deve ser
Quando no peito não cabe o amor que dele exala,
Isso de dividir só pra tá perto,
De querer bem sem mais nada,
Que instala alegria sem motivo e riso incontável
Felicidade é coisa que não finda quando acaba
Mas passa lenta na agonia insaciável de quem ama

Mar Rodrigues