Longitudinais esses olhos
que nos cortam.
Fronteiras de versos
latitudes de páginas em branco,
Rabisco de letras que vão
cortando o asfalto.
(...)
O tempo passa
no mastigar das curvas .
O tempo para
no envelhecer das tardes.
O tempo voa
feito pipas e bailarinas.
(...)
Mapas e estrelas
pra guiar a cadencia
do meu gira-mundo .
(...)
Voltando aos cheiros
refazendo a cama
dobrando os lençóis
pondo a vida em prateleiras.
Yana Moura
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