segunda-feira, 19 de agosto de 2013

AGÔ, ILÊ AIYÊ

Foto: Tira essa cor pálida da minha cara
O verde dos meus olhos e o liso do meu cabelo
Põe em meu corpo a marca da chibata
Quero ver minh’alma refletida no espelho

Meu passado me envergonha
De casa grande e latifúndio
Enquanto tu, negro, se lembra da senzala
Lembro de ser sinhá dona do mundo

Mas perdoa essa branca sem história
Se o meu corpo tremer ao som do tambor
Perdoa eu não ter luta na memória
S'eu me reconhecer no teu grito de clamor

Por que é no compasso da tua dança
Que meu corpo vai além
É na fé da tua crença
Que meu santo diz amém

...Por que cá dentro de mim, eu sou sim negra também!

(Alice Alencar)

Tira essa cor pálida da minha cara
O verde dos meus olhos e o liso do meu cabelo
Põe em meu corpo a marca da chibata
Quero ver minh’alma refletida no espelho

Meu passado me envergonha
De casa grande e latifúndio
Enquanto tu, negro, se lembra da senzala
Lembro de ser sinhá dona do mundo

Mas perdoa essa branca sem história
Se o meu corpo tremer ao som do tambor
Perdoa eu não ter luta na memória
S'eu me reconhecer no teu grito de clamor

Por que é no compasso da tua dança
Que meu corpo vai além
É na fé da tua crença
Que meu santo diz amém

...Por que cá dentro de mim, eu sou sim negra também!

(Alice Alencar)

Nenhum comentário:

Postar um comentário