sexta-feira, 2 de agosto de 2013


Se a ânsia de te ver me desse asas,
Com as asas que me desse eu voaria
Por cima de avenidas e de casas
E a minha boca à tua encostaria...

Dessa boca, tão linda assim pintada
Como fruta madura ao sol do dia,
Todo néctar, numa ânsia apaixonada,
Até a última gota eu sorveria.

E se, mais do que asa, ela me desse
A força de um ardor que não fenece,
Munindo-me assim de estranha arte,

Devorando do espaço a substância.
Por mais que seja grande esta distância,
Maior é esta vontade de abraçar-te.

Igor Roosevelt

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