domingo, 22 de setembro de 2013

Árvores do Futuro - Rio Parnaíba Limpo? não: sujo e muito sujo...

 À QUEM TEM O DEVER DE DEFENDER O MEIO AMBIENTE POR DIREITO!

o dia começa com uma missão especial: reunir-se com dezenas (talvez mais de uma centena) de jovens interessados e empolgados com a causa ambiental

saímos de casa absortos na ideia: hoje é dia de preservar o meio ambiente e ver como está o rio
é preciso ser forte, corajoso, destemido, resistente e capaz

seguimos caminho até o local, margens do rio Parnaíba em Teresina,
bacia hidrográfica do Parnaíba - a terceira maior bacia hidrográfica do país inteiramente nacional
um gigante este velho caudaloso com mais de 1.400km de curso a brolhar da chapada das Mangabeiras
segue seu curso recebendo como afluentes entre outros os Uruçuí Preto e Vermelho, o Gurguéia,
o rio Piauí - que dá nome ao Estado - , o Canindé, o Poty, o Longá, o Corrente, para citar alguns.

Mas ao chegarmos à margem rente à ponte velha que liga o bairro Saci em Teresina(PI) a Timon(MA)
O que acontece é de desesperar: uma faixa de quase um hectare de terra onde outrora havia mata ciliar
desmatada, destruída, como que incinerada por mãos não de homens mas de monstros, crápulas, 

e para quê? para assentar alguma família ribeirinha?
não, senhoras e senhores, jovens e idosos, moças e rapazes
apenas para montar um bar, um lava jato de automóveis e um... motel. isso, um MOTEL!

Ou seja, para que eu possa justificar aqui em formato de poesia:
"seja noite, seja dia
o guri e a guria
não fazem amor na mata
tem motel ali na via"

Em meio a toda a cidade e áreas que esta dispõe para edificações, foi-se construir um bar, 
com poluição ambiental, visual e sonora - 3 em 1! foi se ainda construir um lava jato,
água e óleo ali se misturam todo dia! foi se, ainda por fim e não menos péssimo, construir...
um Motel cujos muros beiram a beirada do rio; ou seja, noutra passagem poética:

"A água bate no muro, o muro bóia na água, os casais se amam a qualquer hora e um dia a casa cai."
E se morrer em coletividade um monte de gente em pleno ato amoroso, ali no rio?
Aliás, será que vai morrer de afogamento, por conta da poluição do rio ou atolada nas coroas?
Façam suas opções, a escolha vocês decidem!

Bem, falta nesta cidade, de verdade:
coragem, respeito, honra.

Salve Gregório de Mattos Guerra,
Salvemos o Rio Parnaíba e o Rio Poty.

Aliás, os rios todos que morrem à míngua, vítimas da cruel humanidade, monstruosa.

Esse foi o meu relato do dia da árvore mais triste que já tive em minha vida, após tantos anos comemorando com atividades educativas e festivas na escola e no colégio; agora que estou na faculdade os rios pedem socorro e as matas morrem de sede... 

A poesia era pra ser esta: (no sábado, 21 de setembro de 2013)

Árvore:
parabéns pelo teu dia!
Tua copa e tua sombra nos protegem, nos acolhem e nos abrigam.
Teu tronco nos serve de suporte e dos galhos é casa de muitos animais e até outras plantas.
Tuas raízes servem a proteger o solo e muitas vezes de remédio.
Tuas folhas são o adubo do mundo, de outras árvores húmus revigorante.
Teus frutos são semente e alimento, de seres tantos e até de si mesma na eterna sinfonia da vida.
Árvore, parabéns, você merece. Sem você, não vivemos aqui na Terra.

Salve Árvore, 
Ar que nós respiramos;
Vo-zes que ouvimos da Mata-Floresta e falamos contigo;
Re-ciclagens de pensamentos ecológicos que proporcionas!

Ar-te em forma sempre viva;
Vo-cação da natureza em equilíbrio sustentável;
Re-ssensitividade do ser humano entre o cosmos, o ser e a mãe terra.

João Paulo Santos Mourão 
JotaPê

22/setembro/2013 

Nenhum comentário:

Postar um comentário