quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Descoberta


Tal qual as sombras que passavam
por fora da caverna e apenas
assustavam os homens que ali habitavam,
era a poesia fora do meu corpo

E foi crescendo, pouco a pouco
até não caber mais em mim,
como a copa da árvore que sobe
na medida em que não aceita o fim.

Julguei ser única: diamante bruto.
Bobagem! Existe uma Sociedade
donde brotam poetas que foram
que são e que estão por vir

E que na entrega, nesta árdua tarefa de servir
aos olhos, à boca e ao coração alheios,
entendem serem grandes os anseios
dos que têm fome de sentir!

Ravenna Scarcela

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