terça-feira, 11 de março de 2014

Sem amor, por favor!


Um desastre, coberta por camadas de erros.
Sou eu, vestida de vermelho, buscando o acaso
Fugindo da guerra de olhares e em busca do que não é sério.
Envolvi-me em um corpo coberto de sentimentos,
Brinquei, chamei de meu, sem saber que haveria sentimentos fortes ali.
Uma corda, uma pegada de mão, sexo por prazer e fotos espalhadas no chão.
No meu quarto esquisito, fui escrevendo aquele nome com papel manchando de vinho
E novamente brinquei com meus dedos, lembrando/pensando naquilo que não era e nunca foi meu.
Fruto feito de carne, movida por desejos intactos, achando que o amor é apenas beijo de língua.
Essa sou eu, entre dentes cerrando mais um desejo.
Feri com ferro sujo, a carne mais pura que encontrei na terra, por ter muita idade, achei que não ia se importar (errei feio).
Com palavras quebradas eu me desdobrei do sério, e mais uma vez, rebolando cabelos pro lado, jogando charme, pra poder me sair daquilo que não me agrada e não me prende.
E se por um acaso me dissesse um EU TE AMO, eu irei apenas retribuir com um - Por favor, me busque um copo de uísque sem gelo.

Essa seria eu?

Paula Amaral

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